Um
olhar cuidadoso na avalanche de informações e opiniões na mídia,depois da denúncia
do delator Joesley Batista da JBS,que envolveu profundamente dois figurões da
República na “Lava Jato”. O Senador Aécio Neves e o Presidente Michel Temer. Antes,
vale lembrar, que Joesley é um delator (dedo duro). Ele está com a corda no pescoço. A leniência
assinada por ele é para evitar uma condenação severa aos crimes que cometeu. Com
a delação premiada ele ganha um afrouxamento desta corda que aperta seu
pescoço. Não entendo muito destes acordos jurídicos, mas parece que quando o
cara assina esta delação premiada,é a mesma coisa que assumir a culpa. O que
ele pretende ao transformar-se em delator é aliviar a pena.
Continuando
com o olhar cuidadoso:
Em
um trecho da conversa gravada clandestinamente entre o Presidente Temer e
Joesley, ele diz ter um juiz em suas mãos. Em seguida diz que recebe informações
privilegiadas de um membro que atua na Operação Lava Jato. Em nenhum momento vi
esta questão ser ressaltada pela imprensa. Ora, se Joesley tem um juiz nas mãos
e recebe informações privilegiadas de gente de dentro da operação, podemos
deduzir que a ação desta operação está comprometida. E para piorar ainda mais,
o Presidente Michel Temer em um som quase inaudível da gravação diz que pode
contar com apenas dois ministros do Supremo. Contar como? Não entendi!Quem são
estes ministros? Quem é o juiz que Joesley da JBS tem em suas mãos? Quem é a
pessoa que passa informações privilegiadas para Joesley e que atua dentro da
Operação Lava Jato? Só quero esclarecer! Não me façam de bobo.
Ainda
caminhando com um olhar cuidadoso...
Quanto
ao furo de reportagem do jornalista Lauro Jardim, foi extraordinário. Há tempo
não vejo um trabalho com este porte na imprensa brasileira. Tenho algumas
ressalvas ao trabalho dele: Quem é a fonte que lhe passou estas informações?
Informações sigilosas. Será alguém da estrutura da“Lava Jato”? Quais os meios
que foram utilizados para obter essas informações? Segundo o jornalista Lauro
Jardim, essas informações estavam em seu poder há duas semanas. Ele liberou as
denúncias feitas por Joesley um dia antes de acontecer a ação efetiva da
operação. Tem coisa estranha aí? Não tem limite esta atuação jornalística?
Não
quero ver vilões sendo tratados como heróis.
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